sábado, 7 de janeiro de 2017

Marroquina



Tâmaras maduras
Olhos de jiboia
Cactos, suculentas
Tranças, treliças, claraboias.

Secos são os dias.
Areia solta chicoteia,
Sopra no vento afoito,
Chuva que não molha.

Escalda o sol do dia,
Gelada é a noite vazia.
Verdes fragmentos,
Oásis da alma,
Repousam à sombra
De meus dias.

Cores marroquinas,
Mil sonhos em uma noite,
Festa de odaliscas.

Sou eu, alma árida e sombria,
Quem caminha a esmo
Por entre essas densas vestes,
Absorta em agonia.

Água.
Não há coisa que se toque
mais bela que água,
Fresca e limpa.

Derrama água em minha alma sedenta,
Rega as flores que ainda restam,
Sempre vivas.

...

Sou eu,
Punhado de arroz doce
Salpicado de canela,
Quem te beija do infinito.

Dorme mansa,
Que o passado o sono alcança
E te traz alada
Dos confins ao meu regaço
De mãe
De amor imensurado.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Ninguém é obrigado a corresponder às nossas expectativas

Tomo para mim a responsabilidade por tudo o que permito que aconteça em minha vida.